Dia Das Mulheres Negras Latinas e Caribenhas

Dia Das Mulheres Negras Latinas e Caribenhas

25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

Comemorado no dia 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha nasceu em 1992, ano do 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado em Santo Domingos, na República Dominicana, que além de propor a união entre essas mulheres, visava também denunciar o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também em todo o mundo. Desse encontro nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à ONU lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

Texto retirado daqui

E para este dia tão importante, fizemos uma série de posts em nossas redes sociais para  celebrar e divulgar nossas bike anjas, mulheres negras inspiradoras da nossa rede.

Abaixo trazemos seus relatos sobre como foi para elas darem esse passo tão importante que é andar de bicicleta.

Bia Vianna, Presidenta da Bike Anjo

‘…Em 2015 eu conheci a rede Bike Anjo, uma prima me falou que seu filho tava aprendendo a pedalar e eu perguntei, onde é isso, quanto custa? Então fui aprender a pedalar, mas, machuquei minha canela no pedal e desisti por um tempo. Em 2018 encontrei novamente a bike anjo e aquela vontade que tava adormecida veio dicunforça e novamente eu tentei. No mês de março aqui em Belém tiveram 3 EBAs e eu aprendi na EBA especial do dia da mulher, com o Augusto, meu anjo que me fez dar as primeiras pedaladas, nossa foi mágico, lindo, fantástico, lembro dele falando, Bia se conecta com a bike vcs são só uma agora…”

Danny Ventura, conselheira fiscal da Bike Anjo

‘Minha história com a bike e a Bike Anjo em 2018 em meio a luta pelo transporte ativo na capital paraense.

De lá pra cá foram muitos EBAs e muitas pedaladas sempre com minha fiel magrela a “relação”, batizada assim, pois aprendi no Bike anjo que são nossos relacionamentos que nos movem e nos sustentam emocionalmente.

Em 2021, me aceitei como mulher trans e a rede de apoio que encontrei através da bike nesses anos de cicloativismo foi e está sendo fundamental pra mim nesses tempos de mudança de vida.

Hoje, a “relação” é minha fiel companheira; cruzo todos os dia Belém com ela, que além de ser meu meio de transporte e minha promotora de qualidade de vida através das amizades que tanto prezo, também é minha proteção contra transfóbicos e machistas que tenho o desprazer e medo de encontrar muito raramente, pois é exceção eu pegar ônibus, em Belém.’ 

Babi Barbosa, captadora de recursos da Bike Anjo

Aprendi a pedalar na bicicleta da minha irmã mais velha que foi passando de um para outro. Sempre fomos muito unidos e ela era bem disputada nas nossas brincadeiras, na infância tinha uma pista de bicicross dentro do condomínio que morávamos mas que depois deu espaço para a praça principal e fazíamos trilhas dando voltas no condomínio e a bicicleta era o meu brinquedo favorito.
Meu avô era do interior do estado e quando veio para Recife tinha muita dificuldade para se locomover para o subúrbio (já é difícil hoje, imagina na década de 40) e a forma que ele encontrou para se deslocar foi a bicicleta, e a partir dele que entendi que bicicleta além de diversão pode ser uma meio de deslocamento.
Em 2012 numa conversa com amigo disse que queria muito pedalar pela cidade mas que além de fazer muito tempo que não pedalava, quando pedalei na rua era em locais bem mais calmo que Recife, e uma amiga me falou que o namorado dela poderia me ajudar a escolher a bicicleta e pedalar comigo até onde eles se encontravam todo mês para pedir estrutura para quem quer pedalar. E assim negona e pikachu (minha primeira bici depois de adulta e nosso mascote) entraram na minha vida e fomos para a nossa primeira Massa Crítica (bicicleta). Meses depois esses mesmo amigos me chamaram para ensinar outras pessoas a pedalar e fizemos a primeira EBA de Recife.

Giovanna Coelho, voluntária Bike Anjo São Luís

Me chamo Giovanna tenho 21 anos, utilizo bike com meio de transporte e lazer, meu primeiro contato com bicicleta foi na minha infância, mas passei um longo período da minha adolescência sem pedalar.

Depois que comecei a trabalhar, comecei a sentir dificuldade com o transporte público e o trânsito de são Luís, pois gastava muito tempo de deslocamento até meu serviço, então passei a utilizar a bicicleta como meio de transporte, por ser mais econômico, sustentável e mais rápido, o trajeto que fazia em média de 1 hora, hoje com bike gasto apenas 20 minutos.
A bike também começou a fazer parte do meu lazer, simplesmente não imaginava que poderia ir tão longe, a bicicleta me proporcionou conhecer novos lugares e pessoas, e fazer novas amizades.

Há poucos meses conheci a rede Bike Anjo através do Pedal das Minas, onde tornei bike anja voluntária. Tive oportunidade de conhecer e ajudar algumas mulheres a pedalar e a perder o medo das ruas (trânsito), para essas mulheres pedalar era algo impossível e desafiador.

Acompanhei uma mulher de 33 anos de idade, ela tinha muita vontade de aprender andar de bicicleta, e mesmo se sentido insegura se dispôs aprender a pedalar.
O incentivo e apoio foi fundamental para que ela olhasse que era capaz de superar seus limites e medo. Ver a empolgação delas vencerem o medo, a insegurança de andar na ruas e aprender a pedalar é algo contagiante e gratificante, andar de bicicleta nos dá um sentimento de autonomia, liberdade e autoconfiança.

Ruth Costa, articuladora da Bike Anjo Belém

Comecei a pedalar a 25 anos atrás, movida pela necessidade de me locomover dentro de uma forma mais rápida e barata, para deixar meus filhos na escola e chegar no trabalho sem atrasos.

Não tinha nenhum conhecimento sobre direito à cidade (coisa que até hoje a mulher negra e periférica não tem).

Em 2015 conheci a rede Bike Anjo que me transformou em uma mulher que trabalha pela mobilidade sustentável, incentiva a bicicleta como meio de transporte e com o projeto Pedala, mana! Empoderamos mulheres tendo a bike como instrumento de transformação, luto por políticas públicas que tratem todas, todes e todos iguais.

A bicicleta transformou minha vida.

Verônica Galvão, voluntária Bike Anjo São Luís

O melhor brinquedo que tive durante a minha infância foi a bicicleta, adorava passar a tarde brincando na praça com as amiguinhas de bike! Com o decorrer do tempo ela foi ficando um pouquinho de lado pois a vida é assim, porém, nos últimos anos a minha velha amiga de infância voltou com tudo, só que dessa vez com um propósito diferente. A bicicleta quando criança era apenas uma brincadeira, agora adulta ela se tornou o meio de transporte favorito, é a companheira na hora do lazer e também é a parceira perfeita quando quero dar um gás nos treinos! Além de tudo isso, a bike me deu a oportunidade de somar com o próximo, ao voltar a pedalar depois de alguns anos descobri que poderia levar esse prazer maravilhoso de pedalar para outras pessoas através da rede bike anjo, e fazer parte de forma voluntária da rede tem sido um processo de redescoberta incrível para mim e minha magrela. 

 

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